Funções: Resumo

Essa é uma tradução na íntegra de um post de  dPersonality Hacker. Mas as imagens inseridas no texto, foram escolhidas por mim.

Aprender o seu tipo de personalidade, e sobre a “pilha” de funções cognitivas é uma alavanca para auto-compreensão e desenvolvimento pessoal.

As oito funções cognitivas junguianas é uma das maneiras de explicar como nossas mentes estão moldadas. Quando as pessoas aprendem sobre sua pilha de funções,  pode ser um momento realmente emocionante,  “a-ha! “.

“Enfim, eu não estava profundamente desequilibrado!” É uma frase comum que ouço, e a plataforma de lançamento para auto-aceitação, crescimento e felicidade.

Sabíamos que deveríamos honrar a importância dessas funções. Quando você simplifica algo, você sempre se depara com a possibilidade de “corromper” seu conteúdo. Há uma linha fina entre perder um pouco de precisão em favor da acessibilidade versus simplificar tanto a coisa, que a deixa não utilizável.

Aqui exponho como destilamod as coisas até a sua essência, para tornar mais fácil o entendimento, enquanto fizemos tudo o que pudemos para manter a integridade dos conceitos:

Das oito funções cognitivas, quatro são tecnicamente chamadas de funções de “Percepção” e quatro são funções de “Julgamento”.

Uma vez que tem pessoas que são Percebedores, e outras Julgadoras no sistema Myers-Briggs, você pode ver como isso pode ficar confuso. (“Eu sou uma Julgadora porque eu uso funções de julgamento? Espere, como é que eu estou usando uma função de Percepção, mas eu sou um Julgador?” E assim por diante.)

O que faz uma função de “percepção” e uma função de “julgamento”?

As funções de percepção nos ajudam a captar novas informações, além de ajudar á nos entender e a entender como essas informações nos afetam e ao mundo que nos rodeia.

As funções de julgamento nos ajudam a avaliar essas informações e a tomar decisões.

Começamos a chamar as funções cognitivas Perceptivas de “processos de aprendizagem”,  e as funções cognitivas Julgadoras, tornaram-se “processo de tomada de decisão”.

Para a maioria das pessoas, é mais fácil entender a frase “processo de aprendizagem” do que “função cognitiva perceptiva”. Também é mais fácil usar a frase “processo de tomada de decisão” do que “função cognitiva julgadora”.

Ao invés usar o termo “oito funções cognitivas junguianas” (algo que uso apenas quando eu quero soar inteligente), agora digo: “Você tem oito processos mentais. Quatro deles ajudam você a aprender novas informações, e quatro ajudam você a tomar decisões com base nessa informação”.

Quanto aos apelidos das funções, nós provavelmente gastamos cerca de seis meses (ou mais, na verdade) decidindo quais nomes usaríamos eventualmente.

Há uma ótima citação de Mark Twain: “Eu não tive tempo para escrever uma pequena carta, então eu escrevi à você uma longa.” Quanto mais conciso o conteúdo, maior é o tempo necessário (se for a qualidade), e sabíamos que não conseguiríamos apressar esses apelidos.

Nós dividimos as funções em julgar e perceber, usando a base do que realmente está acontecendo com a função para orientar o processo.

Os Quatro Processos de Aprendizagem

Percepção Introvertida: “Memória”

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Nós apelidamos a Percepção Introvertida de “Memória”.

Este termo pode ser a que causa maior confusão, já que as pessoas assumem automaticamente que qualquer pessoa que use essa função tenha uma boa memória.

Nós consideramos renomeá-la várias vezes, mas não conseguimos superar o fato de que as pessoas que usam esse processo para aprender novas informações, o fazem com base em suas memórias.

Essa função quer informações confiáveis. Esse é seu foco por assim dizer, é por isso que os SJs parecem tão insanamente apegados à experiência pessoal e à opinião de especialistas. (Bem, “insanamente apegados” na perspectiva desta ENTP com Si inferior).

Ambas as funções de percepção (S) usam suas percepções sensoriais para coletar informações.

Mas a Percepção Introvertida não apenas recebe informações no momento atual, ela é introvertida, ou dirigida para dentro. Isso significa que ela captura a experiência sensorial direta e rumina sobre ela mais tarde. O que faz todo o sentido, porque o que é mais “confiável” do que uma experiência sensorial direta em que você passa a pensar profundamente á respeito?

Uma experiência capturada e que possa ser revisada mais tarde é base desse processo cognitivo, “Memória”.  

Então, ao considerar a Percepção Introvertida como “Memória”, tenha em mente que não estamos referenciando uma habilidade ou talento (ou seja, possuir uma boa memória), nós estamos referenciando o substantivo real, em si: Memória.

Percepção Extrovertida: “Sensação”

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Percepção Extrovertida, também usa as percepções dos sentidos para reunir informações.

Só que ao contrário da Percepção Introvertida (também conhecida como “Memória”), não é um processo expresso internamente. Não existe uma linha de tempo imposta para as informações capturadas, como processo posterior.

É extrovertida e, portanto, pode entrar em ação no momento. Pense nisso como “cinética em tempo real”.

É por isso que apelidamos essa função “Sensação”.

Onde a “Memória” parece mais interessada em informações confiáveis, Percepção Extrovertida parece estar mais interessada no que é verificável.

E o que é mais verificável do que algo com o qual você está interagindo diretamente?

O foco e a atenção são dados às impressões sensoriais imediatas, e todos os sentidos que captam estímulos sensoriais são aprimorados e aumentados.

Os instrumentos sensoriais no corpo são conhecidos como nossos “sentidos” e as informações que eles nos provem em tempo real que nos dão,  são as sensações.

Intuição Introvertida – “Perspectivas”

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A intuição não funciona como as funções sensoriais.

Ambos os processos intuitivos são mais focados “no que está por trás da cortina”, que, por definição, nunca pode ser experimentado diretamente.

Então, para especular sobre as coisas que não podem ser diretamente conhecidas, ambos os processos intuitivos tornam-se espetacularmente bons no reconhecimento avançado de padrões.

Você obtém pistas sobre o que está por trás da cortina, captando dados que você pode ver, e depois formando padrões,  para a partir de então, fazer saltos especulativos.

Como a Percepção Introvertida, a Intuição Introvertida faz isso de forma “ruminatória” porque também é introvertida ou expressa internamente. Quais padrões estão disponíveis no “mundo interior” de um ser humano? Uma vez que toda a ação está ocorrendo no cérebro, os padrões que se tornam os mais interessantes são os que se formam na mente.

Nossas crenças, pensamentos e sentimentos são casualmente chamados de “Perspectivas”, uma vez que são nossa “interpretação” subjetiva de como o mundo funciona.

A Intuição Introvertida é focada nos padrões que formam essas perspectivas, e ao longo do tempo começa a ver o “padrão nos padrões”.

Sendo assim, se minha mente forma padrões dessa maneira quando lhes é dada certas informações e estímulos, então é uma aposta bem segura, que outras pessoas são assim também.

É por isso que os usuários de Intuição Introvertida não são apegados ​às suas próprias perspectivas. Eles podem ter uma meta-perspectiva e entender as maneiras pelas quais somos iguais e diferentes em nível cerebral. O apelido “Perspectivas” parece, pelo menos, direcionar as pessoas para a raiz de como esse processo complexo funciona.

Se “Memória” gosta de informações confiáveis ​​e “Sensação” quer informações verificáveis, pode-se dizer que “Perspectivas” adora uma visão profunda.

Intuição Extrovertida – “Exploração”

NeComo a Percepção Extrovertida, a Intuição Extrovertida é focada na interação em tempo real com o mundo em torno de si, mas, a Intuição Introvertida, está focada nos padrões que emergem no mundo exterior.

E se eu tocar este botão, o que aconteceria? E seu mudasse essa configuração, o que ocorreria?

E se eu dissesse isso à essa pessoa, como elas responderiam?

Os padrões são descobertos no ambiente colocando coisas em justaposição, buscando lugares e conceitos que ainda não foram explorados.

Pode-se dizer que a Intuição Extrovertida vê o mundo como tendo uma grama de 6 metros de altura,  e ela tem um foice na mão.

O instinto e o desejo de explorar novos territórios são irresistíveis, e se a sensação de novidade não for satisfeita, um NP irá rapidamente (ENxP) ou lentamente (INxP) se encontrar em depressão.

É por isso que sentimos que “Exploração” foi o melhor apelido para este processo – o melhor sistema de reconhecimento de padrões para o mundo exterior é mexer com tudo o que pode ser mexido, e explorar, explorar, explorar.

Os Quatro Processos de Tomada de Decisão

Todo processo cognitivo faz várias coisas pelo o usuário, e nenhum desses apelidos pode abranger todos os aspectos da função.

Mais uma vez, trata-se de rastrear a etimologia de volta à sua origem. Assim como as funções de percepção focam no processo de absorver e aprender novas informações, as funções de julgamento (avaliação) serão sobre os critérios que a função usa para tomar decisões.

Todos os processos de tomada de decisão pensam em termos de: “deveriam”.

  • Como deve ser o mundo?
  • Como devemos nos comportar como pessoas?
  • O que devo fazer nesta situação?
  • O que devo fazer na maioria das situações?
  • Como seria a minha vida?

As declarações “deveriam” significam projetar nossos valores no mundo, o que fazemos concentrando nossa atenção em diferentes critérios para estabelecer esses valores.

Sentimento Extrovertido – “Harmonia”

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Sentimento Extrovertido, como ambos os processos de sentimento, toma decisões com base em como as coisas estão afetando as pessoas em um nível emocional. Ele foca sua atenção para sentimentos no “mundo exterior”, ou sentimentos de outras pessoas.

Como seres humanos, somos uma sinfonia de emoções e toda interação com outros seres humanos se transforma em jam sessions em miniatura.

Nós projetamos nossos sentimentos para fora o tempo todo, com resultados verdadeiramente fascinantes. Podemos usar nossos sentimentos para comunicar intimidade e amor, e podemos usá-los para criar todo tipo de drama.

Para um processo focado na interação matizada dessas danças emocionais, o resultado mais satisfatório é o dos simpáticos: estou emocionalmente bem com você e você está emocionalmente bem comigo.

Às vezes, fazemos isso criando contratos sociais não verbais para estabelecer como não pisar os dedos uns dos outros, e às vezes fazemos isso fingindo que tudo está bem, quando não está.

Geralmente, o Sentimento Extrovertido faz isso por estar interessado, e querer certificar-se de que todos estão tendo suas necessidades atendidas.

A expressão mais sofisticada deste processo é reconhecer que a confusão emocional faz parte da vida e, naqueles momentos, a saída é através da resolução de conflitos.

Em última análise, o Sentimento Extrovertido não é sobre evitar todos os conflitos, trata-se de guiar nosso caminho através desses conflitos, para obter o verdadeiro objetivo: “Harmonia”.

Sentimento Introvertido – “Autenticidade”

FiO Sentimento Introvertido, assim como o Sentimento Extrovertido, usa a emoção humana como critério para tomar decisões.

Mas, como um processo introvertido, é voltado para dentro. O foco é sobre como as coisas estão afetando o indivíduo em um nível emocional, tornando a experiência humana subjetiva infinitamente interessante.

Como se fôssemos um quarto cheio de pessoas, temos muitas partes dentro de nós mesmos e nem sempre, elas estão em concordância.

Há partes de nós que querem ir à academia e outras partes que querem se deitar e assistir Netflix comendo comer sorvete. (Como Jack Black disse recentemente: “Eu quero um corpo atraente. Mas eu também quero tacos.”)

Quando surge um ponto de decisão, Sentimento Introvertido é verificar todas as partes internas e vozes para determinar o que mais se sente em alinhamento consigo mesmo.

Isso pode ser confuso, e às vezes o Sentimento Introvertido só conhece a decisão “certa” depois dela ter sido feita,  porque é quando as vozes de protesto ou apoio se tornam mais fortes.

Em última análise, Sentimento Introvertido se trata de ouvir todas essas vozes interiores e fazer a escolha a qual esteja mais alinhada com sua verdadeira “Autenticidade”.

Se “Harmonia” pergunta: “Como faço para que as necessidades de todos sejam atendidas”, então pode-se dizer que a autenticidade pergunta: “O que me parece certo?”

Pensamento Extrovertido – “Eficácia”

TePensamento Extrovertido, como ambos os processos de pensamento, concentra-se em critérios impessoais para tomar decisões.

Métricas, análise e pontos de dados são o ponto focal, e o Pensamento Extrovertido foca na própria expressão externa do mundo.

Há uma citação que eu vi muitas vezes que diz que o que não pode ser medido não pode ser gerenciado, e a administração é de grande interesse para o Pensamento Extrovertido.

Através das medidas é como sabemos que estamos nos aproximando de nossos objetivos, são elas que nos dão a capacidade de testar/iterar como nós abordamos as coisas.

Uma vez que o Pensamento Extrovertido é intrinsecamente fascinado por medidas, configuração de metas e melhorias, os sistemas simplificados que produzem resultados tornam-se sua estrela guia.

Ao longo do tempo, há um foco não apenas na eficiência, mas também na sustentabilidade.

Um sistema que funciona bem, mas que quebra rápido pode ser útil por um tempo, mas é um verdadeiro incômodo para recriar sistemas que não cumprem o Princípio de Pareto (ou a regra 80/20): concentre-se nos 20% de qualquer coisa que esteja lhe dando 80% dos seus resultados.

Um sistema que honra o princípio de Pareto, e ao mesmo tempo requer uma pequena quantidade de gerenciamento para continuar a produzir esses resultados, nos leva ao nosso apelido: “Eficácia”.

Se “Harmonia” pergunta: “Como faço para que as necessidades de todos sejam atendidas”, e “Autenticidade” pergunta: “O que é certo para mim”, então pode-se dizer que a “Efetividade” pergunta simplesmente: “O que funciona na prática?”

Pensamento Introvertido – “Precisão”

TiTal como o Pensamento Extrovertido, o Pensamento Introvertido concentra-se em critérios impessoais para tomar decisões. No entanto, este é um processo introvertido, e por isso é voltado e expresso para dentro.

Todos os processos introvertidos (como você provavelmente reconheceu o padrão) são subjetivos para ao indivíduo, e Pensamento Introvertido não é uma exceção a essa regra.

Então, como entender as métricas, a análise e os pontos de dados subjetivamente? Você faz isso “dando sentido” à algo você mesmo.

Esta é a verdadeira racionalização, a capacidade de argumentar através de um assunto ou conceito dentro da própria compreensão, mesmo que não corresponda aos dados do “mundo exterior”.

Por exemplo, Einstein elaborou a teoria da física quântica muito antes que existisse evidência externas no mundo para apoiá-la. Os conceitos apenas “faziam sentido” para ele, e quando ele compartilhava eles “faziam sentido” para outras pessoas também.

Às vezes, a evidência precede a compreensão, e às vezes o entendimento precede a evidência.

Para o Pensamento Introvertido, “compreender” algo, é o teste decisivo. Esta é uma armadilha, porém, que o Pensamento Introvertido compreende instintivamente.

Como alguém garante que o que faz sentido analíticamente não é simplesmente um viés de confirmação? A única maneira de remover o viés de confirmação é um corte rigoroso e implacável de dados.

Isso é feito através da verificação constante de inconsistências e incongruências, da forma como um sistema de computador procura verificar regularmente vírus.

Isso não significa que o processo de Pensamento Introvertido sempre será correto – longe disso.

Mas esse é seu objetivo final – informações purificadas de incongruências, inconsistências e vieses que produzem conceitos limpos e uma compreensão de como as coisas funcionam.

Por esse motivo, escolhemos um apelido que indica o objetivo fundamental dessa função de tomar decisões: “Precisão”.

Nós entendemos que há muitos outros apelidos que poderíamos ter escolhido para essas funções – acredite, fizemos um ciclo por muitos deles.

Então, criamos uma estrutura e ficamos apegados: as quatro funções de percepção baseiam-se no fundamento de como a mente aprende e as quatro funções de julgamento baseiam-se no resultado desejado que a função tem quando está avaliando critérios para tomar decisões.

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